Às vezes as coisas são porque são,
nunca duvide do que é,
nunca discuta com o destino:
ele foi feito pra nos traçar
de horas e confeitos;
ele é feito um sino
que faz de sua vida
uma eterna orquestra
de ida e vindas
até encontrar
com o nada.
Às vezes duvidamos do que vemos,
discutimos o que não vemos;
mas no côncavo dos ermos,
haverá sempre uma passagem de
vãos que não tem perdão.
E o destino o levará
mais uma vez para as coisas
que não são.
Até de chinelas ou bondes,
chaminés ou jardins,
nunca voltarão
a serem o que era!
Mas a volta foi diferente
muito diferente:
ela, por mais bela e singela,
nunca será a mesma!
Pois virou resma de rolar
com as chaves de homens
que usam colar de vinténs !