sei o que sou
mas não sei o que
isso me faz.
mas sempre
faz dupla
com as
cores fátuas
do amor.
está sempre,
em plena vida,
armada
arpões de
saudades
se é teatro,
é de fantoches,
se é de pano,
ou bule no fogo.
ela, amorenada,
atiça meus sonhos,
mestrados,
mas sem harmonia.
e faço sempre
dela um beijo,
ou dois, para ter
conjunto na obra
serenada.
mas se
corrompe com
meu destro
carinho.
faço dela uma
cor de boneca,
e trago sempre,
seu corpo
pra dormir com
as velharias de
meu sonho
que um dia foi sua vida.
e, uma vez,
a minha boneca de dormir
viajou pro fim do mundo,
onde senta agora
no colo de
meu algoz,
cheio de gala e
muitos centavos
e ainda com
dúvidas,
de todo querer.
simples assim
e complicado
igual ao
Rodeso,
homem
que foi sempre
o mocinho da fita
que finge morrer
sempre nos braços
de minha amada.
simples desfecho,
dor escondida,
pelo meu amor
alado !