Vou além das coisas, em meias-voltas, de solidão, de não ter vez, nem hora, mas segundos sobram, auguro, agradeço mas não quero.
Pois não há sol agreste, nem lua purpurina, que me faça esquecer você.
Sou porto velho, sem mastros, alento ao vento maino que sufoca, pra depois ir morar e sonhar pros astros !
Passo da meia-noite, já com lua cheia de auguros, e plena saudade.
Vou atrás dela, onde ela for. Sou meandro de passos e calculador de dores.
Rogo que tudo passe, que deste sonho eu corra pro lado de lá, longe daqui, perto do bem longe, rodeando, em sonhos, pela saia dela.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/08/2022
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