Há mais entradas em minha vida do que caminhos.
Há mais medo em minhas mãos do que simples orações.
Tenho mais medo de ser o que já fui, e deixar de ser o que era.
Se rezo, faço por medo, se choro, anseio a face oculta, se tenho sonhos de ninguém, me arredo.
Se sou, me perco, me entrelaço com o nada.
Vigora o perdão ávido. que entrelaça a cor do amor.
Que os que vivem do plaino amor, façam a ordem.
E, de passagem tragam de volta o colorido sonho de amor.
Mas o nada é também é para sempre,
Nada é também ter tudo, mas também é viver no nada.
Tudo que quero agora é o amor dos eternos, e não viver nesta cela onde só penetra o tenro sol.
Sol que pensa que me aquece, mas que me gela, só em pensar que tolo sou, só em pensar nela.
José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/08/2022
|