Mulher Catalina,
mulher de hoje,
que caminha tão só,
diante do mundo,
que nela,
a vida tocou,
Para construir os
palácios de solidões
e levantar desativas feridas!
Mulher Catalina
de dois nomes,
duas roupas,
uma sentinela,
um par de chinelas,
escorrida de mel,
aventada de pêssegos,
ardida de sol ameno,
ruivosa e criada dentro
do nosso sonho!
Catalina
que nasceu em mim
e agora
sonha com o lá,
onde fica o infinito,
e chora,
de partir, antes,
por força do desdém,
que dá o nome de adorno
a minha solidão particular.