Fagulhas de Ardósia"Ordeno meus pensamentos, onde toca o tango, faço uma pedra bem afeiçoada, pedra bem ao gosto, amarrotada pelo tempo, esquecida no embrulho da montanha.
Pedra que me faz pedra, gente que me atiça adiante, com fagulhas de ardósia, criam uma moldura azul-afogueada, e fazem passos de um só homem de uma vontade sem levantes.
Na vida, tudo amarroada!
Procuro lembranças dela no pôr-do-sol, onde desfila na vitrine das despedidas.
Mas, se hoje sou eu que me perco de saudade e sem vida, a procura da moldura dela, amanhã será você, a procurar a verdade de tudo.
Mais virá tarde: virá pedra sobre pedra, na ardósia da vida, onde nada restou, senão pó, de nosso grande amor gratinado que só de adeus - sem Deus - viveu!" José Kappel
Enviado por José Kappel em 28/08/2022
|