Tirei o dia para ver as coisas
e há tantas para sentir.
-Mas há de saber sentir:
o vôo áspero do trilho que faz o pássaro,
a luz que o arguto sol deixa no céu de azul
diferente, até igual aos azuis comuns, mas
diferentes pra sentir!
E fui sentindo as coisas da manhã.
E fui sentindo flauta doce
que partia dela.
E fui me magoando em ver tanta
beleza por fora
e tanta miudeza sem ala
esbanjando no corpo dela.
Que um dia já foi meu e, agora espero.
Espero.
Jamais ser réu da vida dela!
Ela hoje é flauta doce onde
todo mundo põe a boca!