José Kappel

Um amor sobrevive a outro amor

Textos


Ela era bem assim...
assim.

Nem mais, nem menos,
Uma hora na recaída,
noutra, ponderosa.

Mas sempre assim.

Por mulher, ela era,
cinco ou mais vezes;
mas provei isso:
flor ela não era.

Mas,
era a Albertina,
mulher de entrega,
fazia crediário do corpo,
era bela e falsa libertina.

Ela era bem assim:
um pouco lá,
outras vezes cá,
mas sempre devota aos
próximos
e frios cabelos
dos iguais.

Roda daqui,roda dali,
estou adesivo de um vitral,
que se nega
a partilhar seu doce
com os ociosos e diluidos.

Sorte minha,
ganho três

estrelas e restolhos

de um sol

que me chega.


Azar o meu,
nem toda hora
é minha vez!

 

Pois toda hora

é hora

do sol

fazer sombras

no meu pobre sonho!


 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 21/11/2022


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