tal qual !
história de afins:
muitos de amantes
muito de amor!
e hoje,
ao cruzar a avenida
de ontem,
já não lembramos
do que fomos
e muito
mais do que éramos.
é o pó
do tempo
que
invade minha
cidade interior,
meu espírito
sem ramos.
é a faina
que
começa a
dura
luta
de
desfazer
o que criamos,
emudecer
as formas de amor
e enfurecer-se com
a falta
da nossa mocidade.
tempo é hoje
e é o que amamos
e vamos amar.
amanhã será
ontem.
simples assim:
sempre andando
para talvez amanhã
à meia-luz
de ontem.
e numa hora vesga
de muito vento,
que não marcava nada
virei pó,
e quase-rei
lá no confins do tempo.