José Kappel

Um amor sobrevive a outro amor

Textos


Hoje, vou andar à cavalo, 
passear na lenta charrete, 
vou bordejar a saia da avó, 
e me precaver do vizinho.
 
Hoje é  dia dos poucos.

 

Que me cansa 
é que bordeja,
é quem me faina,
são os prédios sem rosto,
o cimento calado
e as pedras de ponta.

 

Mas, Pelas Ruínas de Badaró!

 

Se hoje sou dedo
de agulha, devo a
ela tal zona,
devo a ela
este azedo.

 

De uma hora, por hora,
ela achou outro
reino.

 

Outro acerbo!

 

E todo dia de perdão,
ela senta no patamar
do colo do falso rei,
e de lá clama,
um adeus avulso,
contra minha
lágrima partida! 

 

(Poesia dedicada à Ticiana )
 

José Kappel
Enviado por José Kappel em 10/12/2022
Alterado em 11/12/2022


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